Amor incondicional
- Mônica Oliveira
- 15 de dez. de 2019
- 4 min de leitura

Afinal o que é o amor? Como expressá-lo? Qual a razão do amor? Como amamos?
Nossa busca incessante em compreendê-lo e senti-lo incondicionalmente independente de quaisquer circunstâncias.
Há tempos que busco por respostas, ouço outras pessoas expressando seus sentimentos das mais diversas maneiras e como algo que aparentemente tão simples e genuíno pode ser tão complexo quanto ao entendimento? Amor, muito falado, pouco vivido.
Temos exemplos de mestres que amaram de uma maneira ágape, singela, um amor difícil de compreender. Reflito no amor de Jesus pela sociedade da época, o amor pelo seu pai criador de todas as coisas, esse amor que é vivenciado até os dias de hoje e pouco compreendido, complexo.
O amor de Buda, de Ganesha e Shiva, Gaia, Odin o Pai de Todos. Tantos mestres ensinaram-nos sobre o amor e cada um dentro de sua egregora expressa e ensina a prática do amor.
Sinto que quanto mais se fala de amor, menos pratica-se, é como a paz, tantos a clamam e os povos que mais falam de paz são os que mais praticam a guerra. Talvez porque o amor tenha que começar em mim, por mim e para mim, de maneira tão incrível que possa reverberar a todos, na cidade, no país, no planeta, no universo.
O amor perdoa, junta e não espalha, colabora, não abandona, ultrapassa as fronteiras geográficas e materiais. O amor ultrapassa o tempo, vence a ação do tempo sobre as nossas vidas, transcende as questões materiais e financeiras, o amor une. Une amigos e família independente de credo ou valores. Há o respeito pelo próximo. Proporciona o auxílio mútuo. O amor vence a ação corrosiva do tempo. O amor leva-nos a entender sem justificar.
Não é medido pela conta bancária, pelos bens acumulados na terra, pela sua moradia ou propriedades. O amor é singelo, simples e revela-se das maneiras mais simplistas. O amor proporciona abraços sinceros e sorrisos contagiantes. Proporciona uma alegria interior e um estado de paz indescritíveis onde os assuntos do cotidiano apocalíptico perdem o total sentido. O amor proporciona o perdão e nos une mesmo que através de ondas eletromagnéticas de celulares.
Não tive filhos, portanto não sei como é o amor de uma mãe para com um filho, sei do amor pelos meus gatinhos, aquele que está comigo até hoje como também os gatinhos que habitam a Terra do Verão, mas eu acredito que este amor pelos pequenos não expressa o amor de mãe para com um filho.
Posso sentir hoje o amor que minha mãe tem por mim, pois mesmo diante de tantas divergências ideológicas e face aos vários ciclos que vivi, ela lembra-se de mim e expressa seu amor por mim, mesmo à distância e mesmo a tantas questões que passamos, ainda temos planos de um dia estarmos juntas, uma cuidando da outra. Eu penso que isto é amor! E só há esta expressão de amor porque o amor começa a partir de nós mesmas.
Sei que tento entender o amor desde que me conheço por gente. Vivi momentos em que eu acreditava de que não sentia amor por nada nem por ninguém. E o tempo me mostrou o contrário! Fico feliz e grata por isso!
Ao mesmo tempo que me sinto feliz também sinto tristeza por ter acreditado que poderia ser amada pelos meus cônjuges independente de quaisquer circunstâncias e o tempo mostrou-me por duas tentativas frustradas que não. Mostrou-me que muitas vezes esse amor conjugal está vinculado a interesses materiais que são mais fortes do que os sentimentais. Que este amor não transcende barreiras culturais e econômicas tão pouco regionais. Um amor frágil e despreparado para os furacões e tempestades que enfrentamos no meio do caminho. Que o desemprego, a escassez o vence facilmente, que as mudanças hormonais também. Sinceramente, não vibro nestas reflexões mas elas são fato. Isto representa desamor, descaso. Representa um amor material e carnal cujo qual não sobrevive ao amor verdadeiro. Um "amor" predatório e vampiresco, escasso.
O amor sob minha óptica transpõe as barreiras e proporciona a queda de muros, como a Queda do Muro de Berlim em 1989, lembro-me como hoje quando o assisti nos noticiários, pessoas de ambos os lados abraçavam-se emocionadas, cheias de amor. O amor é aquele que traz o auxílio entre as pessoas como as que sofreram com o Tsunami no Oceano Índico em 2004, famílias foram dizimadas em questões de minutos e quanto aqueles que sobreviveram formaram uma nova família uns auxiliando aos outros. O amor expressa preocupação e cuidados entre as pessoas. O amor não abandona, o amor não mantém distâncias, o amor não julga, o amor não faz acepção entre as pessoas. Ai eu penso, como é difícil senti-lo e expressá-lo em sua totalidade.
A única concepção que consigo ter é que estamos neste plano para aprender ao máximo dele, vivê-lo e mesmo assim ainda não conseguiremos defini-lo. Talvez venhamos a morrer e não o compreenderemos em sua totalidade.
Mas estamos todos caminhando dentro de nossos propósitos evolutivos, nisto eu acredito, pois se não tivéssemos o amor do tamanho de um grão de mostarda, certamente de que sucumbiríamos há muito mais tempo.
A esperança nos move para a caminhada desta descoberta magnífica. Enquanto há vida, haverá propósitos de evolução e tal evolução está conectada diretamente no amor.
Eu creio
Eu aceito
Eu agradeço
Eu amo e sou amada por um homem por esse amor ágape. É uma sensação indescritível!!! Sou muito grata ao Universo por ter o encontrado...sonhava com ele desde criança e um dia o reconheci. A história é longa...tem dor. Mas onde existe amor, existe dor, pq a dor faz crescer!!!! São os caminhos da Alma. Gratidão pelo texto!