Continuar voltando...
- Mônica Oliveira
- 10 de out. de 2020
- 2 min de leitura

Este é um dos túneis da Trilha Funicular cuja qual tive a oportunidade de percorrer recentemente, a um passado não tão distante.
Estou vivendo um momento de mudanças, em alguns pontos da minha vida sei que está caminhando em prol do meu auto entendimento e de minha evolução aqui neste plano. Já em outros tenho a impressão de que estou regredindo. Sei que minha mente e minha alma se cansaram de tantas questões do cotidiano contemporâneo de minha vida que fui me matando todos os dias um pouco mais. O que restou de mim? Feridas, trapos e este resto de mim mesma lutando para reconstruir o que nem sei. Num primeiro momento, na busca de si mesma, na auto aceitação e do amor próprio. Tudo porque mais uma vez eu tive a infelicidade de colocar os meus valores nas mãos de outros, e em meio a desesperos eu decidi me matar em todos os aspectos. Minhas convicções e gostos na intenção de encontrar a felicidade apontada pelos outros. Já que meu modus operandi não funciona, é totalmente disfuncional, decidi copiar um próximo. Me rasguei, me amassei, me destruiu, me joguei no lixo que renderam 10 sacos de 20 quilos. Depois deste feito, deu-me leveza mas afinal o que sobrou de mim? Apenas páginas em branco, pois afinal toda a literatura também foi desfeita. Sobrou o vazio, o nada.
Sobrou uma vida mecânica e insípida, foi o que sobrou de mim. Uma vida em silêncio e sem abraços e beijos, apenas um caminho a perseguir, escuro e disforme. Neste momento de vazio universal, procurei resgatar algo que pudesse realmente ao menos me trazer a sobriedade completa e ao auto entendimento, já que tornei-me um vaso vazio de tudo e todos. Esta caminhada diária na busca de si mesma, do resgate de alguma partícula minha em total abstinência de tudo e inclusive de pessoas está sendo um grande desafio. Ao mesmo tempo tem-me proporcionado conhecer outras pessoas que também estão numa busca de si. E eis que tudo está se moldando de novo. Percebo que me rasgar e jogar-me no lixo não foi uma boa, não me trouxe felicidade.
O que posso dizer sobre minha existência? De que está como este túnel da Funicular, escuro, repleto de caminhos tortuosos mas que na persistência em percorre-lo certamente poderei encontrar a natureza exuberante, verde e viva da Serra do mar. O que eu preciso é acreditar que conseguirei passar por este túnel, simples assim, só que não é tão simples assim, afinal o que faço com meus altos e baixos?
O que posso dizer neste momento é que esta busca pelo auto conhecimento está me machucando, estou sangrando demais mas que não tenho outra alternativa e por este motivo eu continuarei voltando.
vou percorrer os túneis escuros do meu submundo e vou encontrar a saída ensolarada e repleta de belezas naturais. Nem que seja minha última conquista!
Ahhh seguirei o conselho em não destruir este blog, vou relê-lo porque definitivamente aqui está escrito parte de minha essência que tenho que redescobrir.
Gratidão
Blessed be )o(
Ahow
Skäl
Hail
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