Por um fio...
- Mônica Oliveira
- 3 de fev. de 2020
- 2 min de leitura

Você já esteve por um fio?
As esperanças são como água que esvai pelos dedos
A alegria é insípida e inodora
A tristeza é presente e por mais que se reme você percebe que está contra a maré forte e tudo é vão
A insegurança e a instabilidade de toda ordem parecem lhe seguir como um fantasma a meia noite em dias de lua negra
O canto dos pássaros não lhe traz mais motivação para continuar
O silencio ensurdecedor de palavras sem expressão
E eis que temos que conversar com a morte
Na busca pela vida!
Mas o que é vida?
Qual o sentido da vida?
Porque tanta luta por tantos anos a fio sem esperança ou perspectivas?
Para onde me conduzirei de fato?
O que o universo espera de mim?
Ou o quê espero do universo?
Os minutos, horas, dias e semanas passam rapidamente e muitas vezes lentamente demais
Na esperança de um milagre, de "Un segno di Dio"
A lucidez alucinadora não nos mostra nenhum caminho
Os dias estão nublados, chuvosos e Lugh insiste em esconder-se
E as perguntas não cessam
Aceleram em nossas mentes lúcidas e atordoadas
Mas há um fio de esperança!
E essa esperança nos protege de nós mesmos
Neste momento o melhor a fazer e nada!
Aguardar para que este sentimento evapore de alguma forma
E que a tal lucidez possa trazer-nos soluções plausíveis para viver a felicidade
Palavras jogadas ao vento
Vento que transmuta tudo isso em algum bem estar de certa forma
Sinto-me fraca e exaurida pela luta de anos e anos de um cotidiano sem frutos
Frutos que foram consumidos pelo tempo
E o tempo agora revela o que?
Qual o propósito?
Qual o caminho?
Qual a chave mestra?
Um dicionário de "não sei", de "talvez"e de "até breve"!
A solidão é a única certeza de todos os feitos
Essa caminhada solitária e dolorosa
Na verdade não há esperanças
Somente hiatos e lacunas
Um labirinto imenso cujo qual não encontro a saída
E os minutos, horas, dias e semanas passam sem novidades
Trazendo dissabores e revelando perdas
Mas ainda há a vida!
Mas e a mente? A mente, mente a todo instante pra gente!
Mente quando diz que a mente é sã e que haverá uma porta
Mas não encontro a chave
E os minutos, horas, dias e semanas passam e não deixam nenhum rastro
Rastro este de esperança
Ahhh isto é falta de fé!
A fé é presente, ausente são aqueles tantos outros
Por um fio...
Até quando?
Até breve!
Ohh morte, converse comigo e ouça meu clamor em vida
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